13 tipos de gráficos utilizados por analistas de pesquisa
Existem vários tipos de gráficos, cada um deles apropriado para um tipo de informação ou dado estatístico. Conhecê-los é imprescindível para realizar a sua correta leitura. Escolher o gráfico adequado para os dados facilita a interpretação das informações e a geração de insights (quando uma “luz” se torna uma ideia) úteis, evitando leituras inadequadas e, consequentemente, decisões prejudiciais aos negócios.
Para definir o tipo de gráfico mais adequado, é importante saber se você precisa mostrar uma distribuição, comparação, composição ou relação entre os dados. É importante considerar também que mais informações no mesmo gráfico podem enriquecer a leitura dos dados, trazendo um contexto. Mas o excesso das mesmas pode sobrecarregar e dificultar sua compreensão.
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Como são compostos os gráficos?
Eles incluem diversas ferramentas na representação de um fenômeno, avaliam informações quantitativas, qualitativas e ordenadas baseadas em conceitos matemáticos. Eles resumem e facilitam a interpretação dos conteúdos, tornando-os mais atrativos, apontando uma dimensão estática sobre um determinado fato.
Para que servem os gráficos?
Servem para salientar a dimensão estática dos fenômenos, indicar padrões e tendências, além de comparar determinadas circunstâncias em um período de tempo.
Quais são os elementos de um gráfico?
Título
Apresenta de forma instrutiva e atrativa o que as informações presentes no gráfico representam.
Legenda
A maioria dos gráficos apresentam legendas que auxiliam na leitura das informações apresentadas. Junto a elas, cores que destacam diferentes informações, dados ou períodos que são utilizados.
Fonte de pesquisa
Esse é um aspecto importante para dar confiabilidade ao gráfico e inserir o estudo no aspecto geral da sinopse, tendo em vista as referências empregues. Como site, blog, página, pesquisa, jornal, revista ou qualquer outra fonte para a construção do gráfico.
Números
São essenciais para comparar e expor as informações geradas pelos esquemas.
Conheça os diferentes tipos de gráficos
Gráfico de barras
Também conhecido como gráfico de coluna, desde suas primeiras versões é um dos tipos de gráfico mais utilizados; para comparar dados ou expor um desenvolvimento crescente ou decrescente. Ele apresenta colunas em tamanhos proporcionais aos valores que as representam.
É utilizado em geral para representar dados de uma tabela de frequências referentes a uma variável qualitativa. Nesse tipo de gráfico, cada barra retangular representa a frequência ou a frequência relativa da respectiva opção da variável, as informações são distribuídas linearmente.
Mas qual é a diferença a diferença entre o gráfico de coluna e o de barras? Não existe diferença sob o ponto de vista da construção, já que os dois usam retângulos proporcionais ao evento retratado no gráfico, de acordo com uma escala previamente estabelecida. A única diferença é que o gráfico em coluna necessariamente tem que ser vertical, ou seja, construído de baixo para cima, a partir do eixo X (o horizontal), e aferido pelo eixo Y (vertical), enquanto o de barra tanto pode ser vertical quanto horizontal (ou seja, paralelo ao eixo X, que passa a ser o referencial).
O uso desse tipo de gráfico é indicado no trabalho com rótulos longos ou com o tempo de duração de alguma experiência. Esse tipo de gráfico também possui subtipos, que também são os mesmos do gráfico em colunas. Os subtipos são:
- Barras agrupadas e barras agrupadas em 3D;
- Barras empilhadas e barras empilhadas em 3D;
- Barras 100% empilhadas e barras 100% empilhadas em 3D;
- Cone, cilindro, pirâmides horizontais.
Desmatamento na Amazônia cresce 3,8 – Em 28/11/2008, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) informou que o desmatamento na região da Amazônia.
Gráfico de pizza
O gráfico de setor, conhecido popularmente como gráfico de pizza, para o seu funcionamento, é preciso que haja duas ou mais categorias e um valor correspondente para cada uma delas, condiz a uma das colunas, ou uma das linhas usadas na tabela.
Indicado para expressar uma relação de proporcionalidade, em que todos os dados somados compõem o todo de um dado aspecto da realidade.
- Um gráfico circular ou sectograma é representado através de um círculo dividido em setores circulares, sendo as suas áreas diretamente proporcionais às frequências correspondentes. Ou seja, a amplitude do ângulo ao centro de cada setor circular é diretamente proporcional à frequência que representa. Facilmente se obtém essas amplitudes, em graus, multiplicando a frequência relativa por 360º.
- Os setores circulares devem ter cores diferentes.
- Devem ser colocadas legendas relativas aos setores de modo a ser possível interpretar o gráfico.
Gráfico de linhas
O gráfico de linhas, também conhecido como de segmentos, é utilizado, em geral, para representar o progresso dos valores de uma variável no transcorrer do tempo.
Normalmente, no eixo horizontal, temos a divisão do tempo em dias, meses ou qualquer unidade de tempo (quando se está trabalhando com assuntos que envolvam tempo) e no eixo vertical ficam os valores. As linhas desse gráfico são ideais para representar várias séries.
Os gráficos de linha são muito utilizados em aulas de geografia para fazer comparações do crescimento populacional de determinados países. Eles são ótimos para representar sequências de dados em uma escala de tempo dividida em períodos iguais.
Os rótulos são bem evidentes nesse tipo de gráfico quando a quantidade deles é inferior a dez. Caso você tenha um número superior a esse, prefira gráficos de dispersão. Assim, a visualização de dados poderá ser feita sem interferências.
Observe que, quando a linha é crescente, de um ano para o outro, significa que houve um crescimento no número de alunos de determinada série na mesma escola. Igualmente acontece quando a linha é contínua ou quando é decrescente: o número de alunos sustentou ou diminuiu.
Gráfico de dispersão
Também conhecido como diagrama de disposição ou gráfico de correlação, é utilizado quando se deseja expor a relação entre duas variáveis, ou seja, quanto uma variável é afetada por outra.
Frequentemente essa relação parte de uma variável independente e uma variável dependente da primeira. A variável independente é a causa, a razão e a variável dependente é o efeito, a consequência. Portanto, se formos analisar a relação entre o clima e a venda de óculos solares em um diagrama de dispersão, notaremos que em dias de sol as vendas desse produto aumentam se comparado aos dias de chuva. Dessa forma, a variável independente é o clima e a variável dependente é a quantidade de óculos de sol vendidos. A relação entre variáveis é chamada de correlação, e existem três tipos:
Correlação Negativa: ocorre quando há uma concentração dos pontos em tendência decrescente, ou seja, conforme a variável independente aumenta, a variável dependente diminui. Por exemplo: quanto mais pessoas vacinadas contra o vírus da gripe, menor a taxa de pessoas infectadas. Podemos analisar ainda se a correlação é forte ou fraca; Fraca: quanto menor a correlação entre as variáveis, mais dispersos estarão os pontos.
Correlação Nula: isso significa que não há correlação aparente entre as variáveis. Ocorre quando os pontos não seguem uma tendência positiva nem negativa, há uma dispersão entre os pontos.
Correlação Positiva: ocorre quando há uma concentração dos pontos em tendência crescente, ou seja, conforme a variável independente aumenta, a dependente também aumenta. Podemos analisar ainda se a correlação é forte ou fraca; Forte: quanto maior a correlação entre as variáveis, maior será a proximidade dos pontos, ou seja, estarão menos dispersos.
Como fazer o Diagrama de Dispersão?
- Escolha as variáveis que deseja descobrir se há relação;
- Colete os dados das variáveis para posteriormente fazer o gráfico (você poderá utilizar a folha de verificação);
- Coloque a variável dependente no eixo vertical e a variável independente no eixo horizontal;
- Coloque os dados no gráfico, desenhando um ponto para cada uma das ocorrências dos dados;
- Verifique a disposição dos pontos no gráfico para identificar se há correlação positiva, negativa ou nula, e qual a intensidade da correlação, se houver.
Gráfico de cascatas
O gráfico Cascata ou de Waterfall, o seu uso é muito vasto, podendo ser usado para visualizar distribuição de recursos, evolução mensal dos seus resultados, resultado de campanhas, distribuição de time, muito usado pelo departamento de finanças de uma corporação, entre outras aplicações. De forma geral, este gráfico apresenta os valores correntes, à medida que são adicionados ou subtraídos, permitindo a compreensão do quanto o valor inicial (primeira barra/coluna do gráfico) foi impactado e apresentando o resultado final na última barra/coluna do gráfico). No gráfico de cascata, todos os valores intermediários são apresentados com base no valor inicial. Já no gráfico em barras (ou coluna), eles são apresentados de forma independentes, não apresentando nenhuma relação com o valor inicial.
- Utilizamos cores diferentes para valores negativos e positivos, vermelho para números negativos, verde para números positivos e conta positiva.
- Sempre que possível, deixe os valores visíveis em cada barra/coluna do seu gráfico (rótulo de dados) e não utilize os valores do Eixo Vertical. A utilização da legenda do eixo X dificulta a interpretação do valor que está sendo diminuído ou aumentado. Como em todo gráfico, o ideal é que você escolha pela visualização da legenda do eixo X ou do rótulo de dados, assim seu gráfico fica com uma apresentação mais limpa e direcionada ao que realmente é importante na análise.
- A última coluna/barra do gráfico apresenta o valor final após as movimentações, e ela deve sempre sair do eixo zero. Desta forma, você consegue visualizar facilmente o impacto das movimentações no resultado inicial.
Diagrama de Sankey
O Diagrama de Sankey é um tipo específico de fluxograma no qual a largura das setas é proporcional à quantidade do fluxo. São usados para visualizar energia, custo ou transferência de materiais entre processos, por setas diferenciadas. É uma ferramenta de grande relevância em projetos onde o mapeamento do fluxo de energia é importante.
O fluxo envolve a transferência de uma etapa inicial para as próximas etapas, que serão representadas por setas e ramificações, a fim de definir a quantidade de massa ou energia que existe naquele determinado ponto. Todos os valores também podem, opcionalmente, ser visualizados com unidades. A representação digital pode ser tanto relativa quanto absoluta (em porcentagem do total ou quantidade de acordo com a própria variável).
Gráfico de área
Os gráficos de área são ótimos para destacar oscilações de uma categoria de acordo com variáveis como o tempo. O componente de área do gráfico representa o volume ou proporção do todo no espaço entre o eixo e o ponto de dados.
Um gráfico de área exibe uma série como um conjunto de pontos conectados por uma linha, com toda a área preenchida abaixo da linha. Veja as variações: Área empilhada, percentual de área empilhada, área suave.
Gráfico de áreas empilhadas
Gráfico de rede
Um gráfico de rede exibe valores de dados como pontos ligados por algumas linhas, em uma rede que se lembra uma teia de aranha ou uma tela de radar.
Para cada linha dos dados do gráfico, um eixo radial é mostrado no qual os dados são traçados. Todos os valores dos dados são mostrados com a mesma escala, de modo que todos os valores de dados devem ter a mesma magnitude.
A condição para um diagrama de rede válido é que ele não contenha quaisquer referências circulares
Quando utilizamos o diagrama de rede?
- Monitorar componentes
- Para planejar a estrutura de uma rede doméstica ou profissional, que foi o caso do exemplo na imagem acima
- Consentir com requisitos PCI ou outros
- Como documentação para a comunicação externa, integração etc.
- Vender uma proposta de rede para operadores financeiros
- Coordenar atualizações em uma rede existente
- Relatar e solucionar problemas da rede
- Enviar informações relevantes a um fornecedor para uma RFP (solicitação de proposta) sem revelar informações confidenciais
Candle Stick
Podemos utilizar a técnica de padrões de candles para entender o comportamento do mercado, o principal conceito dos candlesticks é que, cada candle representa o que ocorreu com o preço de uma ação, durante um determinado período de tempo. Cada candle pode representar 1 minuto, 1 hora, 1 semana, 1 mês e até mesmo 1 ano, você é quem escolhe a variável tempo.
O formato do candle, por sua vez, é determinado por importantes valores que o preço da ação atingiu durante o período escolhido. São os preços de:
- Mínimo
- Máximo
- Abertura
- Fechamento
Esses valores dão forma aos dois elementos que compõe um Candle:
- O corpo (que traz as informações de fechamento e abertura), e
- A sombra (que informa os máximos e mínimos do período).
Outro elemento que compõe um candlestick é a sua cor, e isso determina se o candlestick é de alta ou, de baixa.
Quando o preço de fechamento está abaixo do preço de abertura, significa que o preço da ação caiu durante aquele período e, o candlestick será de baixa, geralmente sinalizado com cores avermelhadas.
Quando o preço de fechamento for maior que o preço de abertura, significa que o preço subiu durante aquele período e, o candlestick será de alta, geralmente sinalizado com cores vivas, ou trivialmente o verde.
Os chamados padrões de candlesticks, (um candlestick muito comprido, por exemplo, indica que houve muita movimentação de preços. Um candlestick mais achatado, indica que houve pouca variação entre o preço de abertura e o de fechamento.) que são interpretados pelos investidores como indicadores de comportamento, como reversão de tendência ou, como indicação de suporte ou resistência.
Lembrando que, este tipo de gráfico, não mostra a sequência de eventos que ocorreram durante o período, limitando-se somente aos quatro valores explicados anteriormente.
Gráfico de quadrantes
Os gráficos de quadrantes são úteis para organizar dados que contêm três medidas utilizando um eixo X, um eixo Y e um tamanho de bolha que representa o valor da terceira medida. Também é possível especificar uma medida padrão.
Os gráficos de quadrantes preexistentes usam linhas de base para criar os quadrantes.
O exemplo, mostra a relação entre o custo de produção e o lucro bruto. O tamanho da bolha representa a quantidade.
Fluxo de caixa
Um diagrama de fluxo de caixa, é a representação gráfica em uma reta, dos períodos e dos valores monetários envolvidos em cada período.
Traça-se uma reta horizontal que é
denominada eixo dos tempos, na qual são representados os valores monetários,
considerando-se a seguinte convenção:
dinheiro recebido Þ seta para cima
dinheiro pago Þ seta para baixo.
Histograma
É parecido com o gráfico de colunas em vários aspectos, pois a sua construção é praticamente igual. Mas o cálculo exigido em um gráfico de histograma é feito pela área do retângulo representado no gráfico e representa dados qualitativos, esses dados são agrupados em classes de frequência, de modo que é possível distinguir a forma, o ponto central e a variação da distribuição dos mesmos, além de diversas outras características, como a amplitude e a simetria nessa distribuição.
Geralmente não apresenta escala vertical, somente o eixo horizontal que representa a variável analisada. A área pode ser calculada em porcentagem. O gráfico é utilizado para amostras grandes e variáveis numéricas. Mede, portanto, quantas vezes temos certos valores dentro da distribuição.
As aplicações mais comuns de histograma em empresas ou meios acadêmicos são;
- Analisar resultados de processos
- Evidenciar mudanças por meio de intervenções (antes e depois).
- Mostrar informação de interesse geral (muito utilizado no setor de controle de qualidade das indústrias)
Para obter êxito na construção de um histograma, é preciso que os dados estejam organizados e tabelados, para isso vamos utilizar a tabela de frequência, na qual listamos nossos dados e suas quantidades. Essa tabela contém as classes e as respectivas quantidades de aparição de um determinado dado em relação a uma amostra ou população analisada.
Como montar o gráfico de histograma?
O primeiro passo para montar um histograma é obter sua amostra. A seguir, encontramos os valores máximos e mínimos. Agora vamos calcular a amplitude da nossa série de dados, que mostrará a diferença entre o maior e o menor valor, sendo representada pela letra R (de range, em inglês).
R = maior valor – menor valor
O terceiro passo é escolher o número de classes que serão utilizadas no nosso histograma, essa quantidade não deve ser nem muito grande, diluindo excessivamente o gráfico, nem muito pequena, de modo que o histograma fique deturpado.
O quarto passo é calcular o intervalo das classes. Para isso, dividimos a amplitude pelo número de classes. Por fim, montamos a tabela.
Conheça também os diferentes tipos de histograma;
Histograma simétrico:
Apresenta a chamada distribuição normal, no qual os extremos possuem menor frequência e o pico está no centro.
Histograma assimétrico:
Representado apenas por um pico destacando-se das demais classes. Utilizado por exemplo em uma situação na qual a característica de qualidade possui somente um limite de especificação.
Histograma despenhadeiro:
Quando alguns dados são eliminados gera-se um “corte” Esta categoria ocorre quando certos dados forem eliminados, gerando um “corte” inesperado no gráfico, aparentando um histograma inacabado e incompleto.
Histograma com dois picos:
Podemos observar a representação de dois picos em diferentes áreas do gráfico. Acontece quando há mistura de dados distintos como podemos observar no histograma do tipo platô, que acontece quando existem diferentes misturas e diferentes distribuições médias, resultando em um gráfico com frequência simétrica entre as classes analisadas.
Histograma “ilha isolada”:
Acontece quando há desequilíbrios no processo de construção do gráfico, decorrentes de falhas ou erros de medição ou tabulação. Nesse gráfico são encontradas algumas classes com frequência semelhante entre si e distintas de todo o resto.
Saiba mais
Caso tenha ficado alguma dúvida e deseje entender melhor sobre o assunto, entre em contato com um especialista da Opus – instituto especializado em pesquisas de mercado e de opinião pública!
Converse com um especialista em pesquisas de opinião pública e mercado do Instituto OPUS
5 Comentários
Adorei o máximo os conteúdos
Boa tarde; conteúdo excelente, muito bem explicado.Abordagem dos tópicos muito bem elaborados.
achei interessante
achei bom aproveitei bem e apredi varias coisas
Muito bom o conteúdo… espero que não deixem de produzir!!